sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SONHOS, MÚSICA E POESIA.

O apito do trem nos trilhos de Minas fez um anúncio de prosperidade: nasceu o poeta, é o Carlos de Andrade, sua poesia, privilégio dos maduros, revela a sua indagação – E agora José? – Vá em frente, Carlos, e retire todas as pedras do caminho que a poesia é doce e nos devolve a vida.

Agora, uma música deu lugar ao apito do trem e vem da voz de um novo poeta, louco, alucinado, criança, quis construir seu monte castelo, não de areia, mas de amor, para que todos descobrissem o necessário, o essencial, que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã - e ele amou, mas por não ser deste mundo partiu para o seu velho e russo planeta, e agora só nos resta dizer “Adeus Renato”.

Enquanto a música ecoa no ar, um sonho se faz presente por ter sido construído do mesmo monte castelo.

E então, num toque leve do pirilimpimpim, o castelo se abre para uma nova paisagem e deu asas à criatividade de um caipira, que no seu ensolarado sítio, aquele do pica-pau amarelo, revelou vidas brasileiras, infantis, folclóricas, familiar.

Ele que também é José, é Bento por seu especial sonho de amor que embala a criança latente em nós, é o mestre Monteiro Lobato, que nos ensina a embalar nosso sonho infantil – Nana, nenê, que a cuca vem pegar, mas não tenha medo da cuca, porque eu a transformei numa doce fada madrinha, dorme nenê, dorme e sonha com a paz.